O deputado Trocolli Junior (PMDB) denunciou nesta quarta-feira, durante sessão na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), o desperdício de água no açude de Capivara, que abastece o município de Uiraúna, Poço Dantas, Joca Claudino, Vieropolis e Poço José de Moura. O parlamentar também ocupou a tribuna para falar sobre a sua preocupação com a seca que já assombra o Estado.
“Na semana passada as comportas foram abertas para irrigar plantações de coco e a lamina de água do açude baixou mais de dois metros, por isso, estamos pedindo para que o Governo do Estado feche as comportas para que o manancial não fique sem água imprópria para o consumo humano”, afirmou.
De acordo com ele, o que causa mais revolta nisso tudo é que as comportas foram abertas para beneficiar grandes proprietários, gente influente, que tem plantação de coco na área. “A população está revoltada e com muito medo de não ter água para enfrentar a seca. Na zona rural, para se ter idéia, muitos moradores estão recebendo água por meio de carros-pipa”, relatou o peemedebista.
O deputado ressaltou que ainda falta mais de quatro meses para que se inicie o período chuvoso e a Paraíba já registra a maior seca dos últimos 80 anos, com cerca de 80% do rebanho já sendo dizimado. Ele acrescentou que em diversas regiões do Estado os açudes que abastecem os municípios estão com menos de 25% de sua capacidade, o que deixa a água enlameada e a podre, devido à morte dos peixes causada pela falta de oxigenação, e os governos Federal e Estadual não fazem nada para minimizar os efeitos da estiagem.
“Fiz uma peregrinação pelas regiões do Sertão, Cariri e Curimataú e constatei que a situação é muito preocupante, nossas rodovias se transformaram em verdadeiros cemitérios de animais. Então, dentro da agenda positiva da Assembleia Legislativa, determinada pelo presidente Ricardo Marcelo (PEN), temos que ser mais enérgicos em nossas cobranças junto ao Governo Federal e Estadual para que estes problemas sejam resolvidos, pois a situação dos moradores do semi-árido paraibano é de calamidade”, completou.
Assessoria