O governo federal
convocou uma reunião com representantes do setor produtivo de etanol e
da indústria automotiva no dia 21, sexta-feira, às 14h30, em Brasília,
para discutir o aumento de 25% para 27,5% na mistura do álcool anidro à
gasolina.
No encontro o governo
deve apresentar os estudos técnicos que mostraram que o aumento da
mistura não traz risco para os motores dos veículos, uma exigência das
montadoras para concordar com o pleito dos usineiros.
Participarão da reunião
comandada pela Casa Civil representantes dos ministérios das Minas e
Energia e do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior.
Pelo setor de etanol,
estarão presentes lideranças da União da Indústria da Cana-de-Açúcar
(Unica) e do Fórum Nacional Sucroenergético e a Associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) foi convocada para
representar as montadoras.
O presidente do Fórum
Nacional Sucroenergético, André Rocha, disse que o setor, além de
defender o aumento da mistura, pretende dar garantias ao governo de que
haverá oferta necessária para que o porcentual de 27,5% de anidro à
gasolina seja autorizado já a partir de 1º de janeiro de 2015. O governo
ainda tem dúvidas sobre qual o período ideal para autorizar a variação
da mistura e avaliação inicial é que o aumento seria a partir de abril
de 2015, quando a oferta aumentará com o início da nova safra de
cana-de-açúcar.
No entanto, as entidades
produtoras de etanol pretendem preparar um documento técnico garantindo
que os estoques de anidro na entressafra da cana seriam suficientes
para atender a demanda excedente. Essa demanda, criada pelo aumento da
mistura para 27,5%, é estimada entre 800 milhões e 1 bilhão de litros ao
mês.
Cide - Outro pleito do
setor de etanol, o retorno da Contribuição e Intervenção no Domínio
Econômico (Cide) sobre a gasolina, pode estar perto de ocorrer, ao menos
na avaliação do deputado federal Duarte Nogueira (PSDB). Durante debate
hoje no Congresso Nacional de Bioenergia, em Araçatuba (SP), o
parlamentar disse ter conversado com deputados governistas que teriam
garantido a ele o retorno escalonado dos 0,28 centavos da Cide por litro
da gasolina, o que daria uma maior competitividade econômica ao etanol.
Nogueira não quis falar
quais parlamentares da oposição teriam falado sobre o aumento, mas disse
que o escalonamento seria em 0,10 centavos este ano, o mesmo valor em
2015 e os 0,08 centavos restantes em 2016. "Vamos lutar para que a Cide
volte de uma vez", afirmou.
Fonte: Veja
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